
O Complexo Eólico Alto Sertão-I, a ser inaugurado segunda-feira, 9, com as presenças do governador Jaques Wagner, do vice-governador e secretário de Infraestrutura Otto Alencar e do Coordenador de Energias Renováveis da secretaria Silvio Roberto Habib, consolida a posição da Bahia como o maior pólo brasileiro de energia renovável através da força gerada pelos ventos. Com investimento de R$ 1,2 bilhão, o complexo da empresa Renova Energia beneficia diretamente os municípios de Caetité, Igaporã e Guanambi, no sudoeste baiano, além de ter criado 1.300 empregos diretos durante os 18 meses da sua implantação, concluídas no último dia 28 de junho, no prazo previsto.
Os 14 parques que integram o complexo contam com 184 aerogeradores de 1,6MW. Cada parque tem a capacidade para gerar até 30MW. Para garantir o êxito do empreendimento, a Secretaria de Infraestrutura do Estado, através do Departamento de Infraestrutura de Transporte da Bahia – DERBA pavimentou 68 quilômetros de vias de acesso. Entre outros investimentos em infraestrutura necessários ao projeto destacam-se a implantação de 184 subestações unitárias de 690v/34.5kV, 104 quilômetros de redes coletoras 34,5kV, além de 77,5 quilômetros de linha de transmissão 69kV. Potencial A Bahia apresenta um significativo potencial neste ramo energético, com capacidade estimada, em 2001, em 14,5 GW para uma altura de 70m – 10,1% do potencial nacional.
Porém, essa capacidade já foi superada com assinaturas de Protocolo de Intenções que somam mais de 20 GW de projetos em desenvolvimento e ainda calcula-se que este potencial chegue a 50 GW a 100m. Além dos parques de geração de energia espalhados pelo sertão, onde se localiza grande parte do potencial do estado, a Bahia começa a organizar um parque industrial voltado para produção de equipamentos, que já conta com cinco fábricas, consolidando esta terra como principal pólo nacional na fabricação de componentes.
Em 2011, duas empresas que produzem nacelles foram inauguradas: a Gamesa, com investimento de R$50 milhões e a francesa Alstom, com capacidade instalada de 300 MW/ano. Outras empresas do ramo serão inauguradas, como a Torrebras – Torres Eólicas do Brasil, que vai construir torres gigantes para aerogeradores, como a Aeris Energy, fabricante nacional de pás eólicas e como a General Electric (GE), também produtora de nacelles. Sem contar a Enel Green Power – EGP e a alemã MAN B & W Energia, esta, vencedora com sete projetos baianos de energia eólica no leilão de reserva. Hoje, a Bahia tem 57 projetos de energia eólica previstos para instalação e é o segundo estado, no Brasil, em potência contratada nos leilões de energia eólica.
Os empreendimentos somam, aproximadamente, R$ 6,5 bilhões em investimentos. Quando os parques estiverem operando, vão acrescentar cerca de 1.600 MW à rede elétrica. O Estado ainda tem dez vezes isso como potencial.
Fonte: Ascom/Seinfra